Melhore o desempenho do seu celular

Se tem uma coisa que ninguém gosta é ver a bateria do celular evaporar antes do almoço. A gente sai de casa com 100% e, quando vê, já tá caçando tomada no meio do dia. Mas você já parou pra pensar qual dessas tecnologias é a maior vilã nesse consumo todo? NFC, Bluetooth ou Wi-Fi: qual gasta mais bateria no dia a dia?

Entendendo o básico: o que é cada tecnologia?

Antes de sair culpando o Wi-Fi, o NFC ou o Bluetooth, vamos só relembrar rapidinho o que cada uma dessas tecnologias faz:

  • Wi-Fi: permite conexão com a internet sem usar dados móveis. Você usa o tempo todo — em casa, no trabalho, no shopping…
  • Bluetooth: conecta seu celular a fones de ouvido, caixas de som, smartwatch e até ao carro.
  • NFC (Near Field Communication): é usado pra pagamentos por aproximação ou pareamento rápido entre dispositivos, mas só funciona quando está muito próximo de outro aparelho.

Agora que a gente já relembrou a função de cada uma, vamos ao que interessa: o gasto de bateria.

NFC: o menos faminto da lista

O NFC é a tecnologia mais leve quando o assunto é consumo de energia. Isso porque ele só é ativado quando você aproxima o celular de outro dispositivo compatível. E mesmo assim, o tempo de funcionamento é curtíssimo — coisa de segundos.

Deixar o NFC ligado o dia inteiro não vai fazer diferença perceptível na sua bateria. O impacto é praticamente nulo no uso normal. Ele só entra em ação quando necessário, e mesmo nesse momento consome muito pouco.

Veredito: pode deixar o NFC ligado que ele não vai sugar a bateria do seu celular.

Bluetooth: vilão ou injustiçado?

O Bluetooth já tem uma fama meio ruim quando o assunto é bateria, mas nem sempre essa fama é justa. O problema não é deixar o Bluetooth ativado — o gasto maior acontece quando ele está conectado a outros dispositivos e transmitindo dados de forma contínua.

Ou seja, se você está com um fone Bluetooth ouvindo música por horas, aí sim o consumo aumenta. O mesmo vale pra quem usa smartwatch o dia todo — o pareamento constante exige uma comunicação contínua, que naturalmente exige mais energia.

Mas se você deixa o Bluetooth ligado e não está conectado a nada? O consumo é pequeno, bem próximo do NFC, e não deve fazer diferença significativa no seu uso diário.

Veredito: consome mais quando está conectado o tempo todo, mas se estiver apenas ativado e sem uso constante, o impacto é baixo.

Wi-Fi: o que mais consome no dia a dia

Eis o campeão de consumo. O Wi-Fi é, entre os três, o que mais drena a bateria — especialmente quando o sinal está fraco ou quando o celular está procurando redes disponíveis o tempo todo.

Quando você está em casa ou no trabalho com sinal forte e constante, o consumo é até equilibrado. Mas em locais com sinal instável ou quando o celular fica alternando entre redes, a bateria vai embora rapidinho.

Além disso, o Wi-Fi costuma ser usado com aplicativos que consomem dados pesados, como YouTube, Instagram, Netflix, entre outros. E aqui entra um ponto importante: o maior vilão, na verdade, pode não ser o Wi-Fi em si, mas o que você faz enquanto está conectado a ele.

Veredito: entre os três, o Wi-Fi é o que mais consome bateria, principalmente em ambientes com sinal ruim ou uso intenso de dados.

Então, o que mais gasta bateria no fim das contas?

Se a gente colocar tudo na balança, o ranking do que mais consome bateria no uso diário fica assim:

1# Wi-Fi (campeão de consumo, principalmente com sinal instável)
2# Bluetooth (gasta mais só quando está conectado continuamente)
3# NFC (consumo quase insignificante, mesmo ligado o dia inteiro)

Ou seja, o Wi-Fi leva a medalha de ouro quando o assunto é consumo de bateria. Mas isso não significa que você deva sair desligando tudo o tempo inteiro.

Vale a pena desativar essas funções?

Depende do seu perfil de uso. Se você quer economizar bateria e está em um lugar onde não vai usar uma dessas funções, sim, vale desligar. Veja alguns exemplos:

  • Está fora de casa e não vai usar Wi-Fi? Desativa.
  • Não está usando fones ou smartwatch? Desativa o Bluetooth.
  • Vai ficar o dia todo sem pagar nada com o celular? Pode desligar o NFC, embora não vá fazer tanta diferença.

Agora, se você depende dessas conexões constantemente, talvez o melhor seja ajustar outras configurações, como o brilho da tela, aplicativos em segundo plano e uso do GPS — que muitas vezes gastam mais do que o próprio Bluetooth ou NFC.

Dicas práticas para economizar bateria no dia a dia

Quer mais autonomia sem precisar viver no modo avião? Anota aí:

1# Evite brilho no máximo: ajuste o brilho da tela pro automático ou use o modo escuro.
2# Feche apps que rodam em segundo plano: muitos continuam puxando dados mesmo sem você usar.
3# Desative atualizações automáticas: configure pra atualizar apps apenas quando estiver no Wi-Fi.
4# Ative o modo economia de energia: quase todo celular tem essa opção e ajuda bastante.
5# Evite locais com sinal ruim: quanto mais fraco o sinal (Wi-Fi ou celular), mais o aparelho consome pra se manter conectado.

E o 5G, entra nessa briga?

Boa pergunta. O 5G também pode consumir bastante bateria, especialmente em locais onde o sinal ainda é instável. Se o seu celular fica alternando entre 4G e 5G o tempo todo, o gasto de energia aumenta. Nesses casos, vale a pena travar o uso no 4G se quiser segurar a carga por mais tempo.

Equilíbrio é tudo

Não precisa virar refém do botão “desativar” no seu celular. A verdade é que o consumo de bateria depende muito mais do seu uso do que de manter uma função ou outra ativada. O NFC praticamente não faz diferença, o Bluetooth só pesa se estiver emparelhado o tempo todo e o Wi-Fi é o que mais exige da bateria, especialmente em lugares com sinal ruim.

A dica final? Use o que você precisa, no momento que você precisa. E aproveite os modos de economia e gerenciamento de bateria que todo celular oferece hoje em dia. Bateria não é vilã — o problema, às vezes, é o exagero sem necessidade.

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21 de maio de 2025